sábado, 8 de setembro de 2012

8 de Setembro de 2012


Pra que não sabe, minha mãe é artesã. A associação, organizadíssima, tem autorização para usar a praça Angelo Piazera para fazer feira de segunda a sábado nas duas primeiras semanas do mês, e sextas e sabados das outras semanas. Hoje, sendo sábado legal, a feira vai até as 17h, mesmo horário do comércio local.

Justamente nesses sábados legais tem mais movimento na rua, consequentemente, mais gente vai pra praça divulgar suas escolas de dança se apresentando por lá, bandas vão tocar na frente do museu e etc, bem bacana, bem bonito. E hoje tambem foram divulgar a Shützenfest, nossa festa alemã de outubro (yes, nós temos festa alemã!). 

Todo esse alvoroço de gente chama a atenção de um certo tipínho: político em campanha.

Eu não estava lá cedo, mas soube que teve bandeiraço e etc dos candidatos. Até aí tudo bem, eles geralmente dão uma volta no calçadão e vão embora. Acontece que a galerinha de umA certA candidatA (ok, todo mundo sabe que a única candidata mulher é a Cecilia Konell, inclusive a única candidata ficha suja) não foi embora, muito pelo contrário, ficou fazendo volume ali na praça. 

E aí nós temos dois problemas: primeiro que tinha gente demais na praça e quem tava passando pelo calçadão nem tinha como  entrar na praça pra ver as barraquinhas, e segundo, e muito mais grava, é que, como tinha sol e tava calor, os folgados amigos da nossa candidata ficaram na sombra da barraca da minha mãe, a ponto de colocar cadeira na frente da barraca, se apoiar na mesa dela pra tirar fotos e tal. Ninguem conseguia chegar perto da barraca da minha mãe pra ver os produtos dela, e os folgados nem davam bola. 

Ora, os artesãos que ali estavam eram os únicos que estavam realmente trabalhando e ainda vem um bando de sem noção atrapalhar? Faça-me o favor!


Folgado aproveitando a sombra pra mexer em seu iPhone

As 11h minha mãe resolveu desmontar, pois a situação estava insuportável. Achei engraçado uma mulher, com um baita adesivo com o número 55 no peito, ainda vir perguntar se a feira acabava mesmo assim tão cedo. Minha mãe respondeu: "Não acaba cedo, eu que estou indo embora pois não posso trabalhar com vocês aqui me atrapalhando".

Começamos a desmontar tirando a lona de cima, geralmente é uma das últimas coisas a ser feita, e foi o suficiente pro bando de urubus sair dali. Mas claro, pra isso ainda tive que pedir que por favor me dessem licença pra poder desmontar a barraca, caso contrário, teria batido com a armação na cabeça de alguém.

Enfim, é isso, apenas um desabafo. Tudo bem os candidatos irem pras ruas, mas não precisam (não devem) atrapalhar quem tá trabalhando. Já era contra a candidatura da Cecilia, agora então...